"Se ontem foi difícil fechar a janela... procurava uma estrela atrás de uma nuvem espessa num momento igual, assim espessante.Não encontrei a estrela no céu, esperança, nada, dormí e acordei aqui...a janela ainda está entreaberta, ninguém a fechou tampouco. A alta madrugada fazia entrar o vento frio, abracei-me junto ao travesseiro, os travesseiros, três, alguém não tem nenhum...existe uma dor aqui. No primeiro som que me dei conta, nem me lembro qual foi, acordei. Na lembrança dos meus sonhos... que é primavera? respondia sensivelmente a criança do século XXI: muitos dias frios.
Está assim, por fora e por dentro de mim. Lá vem ele, pequeno pardal na soleira da porta...visualizações necessárias e a música de muitas, não todas, mas muitas manhãs, escuto agora. É um bom dia, que tem tudo para ser um bom dia...trabalhando pouco a pouco, por aqui, um tipo de sol...as roupas balançam dentro da máquina de lavar, tuc-tuc, tuc-tuc...no mesmo ritmo das rosas pequenas que acenam no jardim...tão pequenas, de formas bagunçadas, rosas selvagens, rosa coragem, rosa cor de rosa, rosa eu."
